Sete foram os dias.
No primeiro, toda resistência
Desceu meu corpo
Enganou meus olhos
E eu fechado disse sim.
No segundo dia,
Vi tudo acontecer
Em minhas mãos.
Era só amanhecer.
No terceiro dia,
Como pude
Sem saber
E virar as costas
Com o sol nos pés
Queimava meus sonhos.
Quarto dia,
O mesmo número de voltas
Que dei no tempo entre acordar
E vê-la sentada na varanda.
Na quinta vez
Foi preciso
Beber do oceano
E meus olhos ficaram duros
De medo.
No sexto dia,
Ela veio
De outras terras sussurrou-me
Sonhos tão distantes
Suas mãos tocavam meus cabelos
Contando com seus dedos histórias
De muitas vidas para viver.
Ainda hoje
O sétimo dia não passou
Continuo esperando
Passar esse aperto sem nome.
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