sábado, 11 de setembro de 2010

Além

Não é preciso morrer
Para saber que nos olhos aterrorizados
De tantos homens me olhando na fuga
Haviam suspiros.

Na morte, a vida não é celebrada
No outro mundo todos são iguais?
E a farda pesada torna-se apenas lembrança
Das batalhas
Dos canhões
De braços movendo-se
Na força do derrubar o inimigo.

Lá, não existem trincheiras
Nem pólvora no rosto.
Tudo ficou...

E além do rio
Desceremos todos no esquecimento
Conduzidos por um vulto sem nome.

2 comentários:

  1. Esses versos são, sim, para mim: tudo o que gostaria de um dia ter escrito.

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  2. Eta, mas você demora pra atualizar esse blog, hein?

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