Calem-se!
Não somos aves
Somos o tempo comido pela noite
Nossa fome
É a palavra que não foi.
Não é o sangue doce
Antes o amargo sumo
Da noite dentro dos olhos
Este é o vinho
Bebido na taça do ventre de uma mulher.
Minha virtude é espanto.
Tudo aquilo que recolho em mim
Distancia o momento triunfal do corpo
No seu ponto alto.
Bebamos, ergamos nossos cálices à noite
Antes que o dia com seus dedos poderosos
Abram-nos os olhos.
Minha virtude, diante de, também é espanto. Baudelaire dorme ou perscruta?
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