EPIFANIA
Para o amigo e poeta Antonio Aílton Santos Silva
A estrela da vida inteira ilumina só parte do caminho
E a cada esquina transborda algo dos dias
Além do tédio de quem espera o retorno.
A poltrona do ônibus tem o cheiro
De viagens que não fiz.
Enquanto abro um livro escorre já perto
O liquido viscoso de um pensamento abortado.
Alguém escuta Pablo num rádio de pilha
Mas o pedido de perdão é silenciado
Amor Amor Amor, pode o abandono ter outro nome?
O mundo é maior para quem viaja.
E agora vejo
As bailarinas da infância
Diante do infante
Esperando o primeiro passo
Na última parada.
É fim de ano
Na bagagem levo alguns livros
E quatro presentes mal embrulhados.
Este é o enredo que me prende.
A Estrela da vida inteira pode ser
O que esqueci de visitar.
E agora vejo
As bailarinas da infância
Diante do infante
Esperando o primeiro passo
Na última parada.
É fim de ano
Na bagagem levo alguns livros
E quatro presentes mal embrulhados.
Este é o enredo que me prende.
A Estrela da vida inteira pode ser
O que esqueci de visitar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário